O vídeo da prisão de José Alperovich após ser condenado a 16 anos de prisão por abuso sexual de sua sobrinha

Prisão de José Alperovich

De cabeça baixa, vestido com um casaco preto, calça e sapatos azuis, José Alperovich foi detido depois de ser condenado a 16 anos de prisão por abuso sexual da sobrinha, com quem trabalhou quando era senador.

Após ordem do juiz Juan Ramos Padilha, agentes do Serviço Penitenciário Federal procederam à prisão do tricampeão governador de Tucumán. No vídeo que ilustra essa nota, você pode ver como, resignado, ele permite que suas impressões digitais sejam tiradas e é levado ao celular do SPF que, guardado por motocicletas da Polícia Federal, o levou ao presídio. As imagens também registraram o momento em que ele saiu do caminhão e entrou sob custódia no presídio.

Ele Tribunal Criminal Oral 29 Ele leu o veredicto nesta terça-feira, depois das 20h. Alperovich foi condenado por ser responsável por abuso sexual simples repetido em três ocasiões, duas tentativas de atos e outros seis atos envolvendo contato sexual, “através de intimidação e abuso de uma relação de dependência, poder e autoridade”.

Após ouvir a sentença, o ex-deputado levantou-se, vestiu o sobretudo visto no vídeo e abraçou os filhos que se despediam dele antes de sua prisão. Os jornalistas que cobriram o julgamento perguntaram-lhe se tinha algo a dizer, mas ele optou por permanecer calado.

O ex-senador foi transferido ontem à noite após ouvir a sentença (Nicolas Stulberg)
O ex-senador foi transferido ontem à noite após ouvir a sentença (Nicolas Stulberg)

Conforme relatou Patricia Blanco no Infobae, o julgamento começou em 5 de abril. Naquele dia, Alperovich sentou-se no banco dos réus pela primeira vez. Ele estava acompanhado por seus defensores: Augusto Garrido e Mercedes Rodríguez Goyena. Na investigação, o líder tucumán foi representado pelo atual ministro da Justiça Mariano Cúneo Libarona. Da parte dos acusadores, estiveram presentes o procurador Sandro Abralde e um subprocurador, mas também a titular da Procuradoria Especializada em Violência contra a Mulher (UFEM), Mariela Labozzetta.

“Sei que todos vão dizer a mesma coisa, mas quero lhe dizer, senhor juiz, que tenho 68 anos, 11 netos, 4 filhos… Quero a verdade porque isso me matou. Com todo o respeito que tenho pelo Poder Judiciário, quero a verdade e peço que preste atenção, senhor juiz, se puder, ou ao Ministério Público, a todos os testes”, ele disse naquele dia de abril. Ele estava sempre acompanhado dos filhos.

Segundo a instrução, os primeiros abusos ocorreram em meados de dezembro de 2017 e continuou até dezembro de 2018. Houve três incidentes de abuso sexual – dois deles tentados – e seis incidentes de violência sexual agravada por violência sexual, alguns ocorreram em Tucumán, outros na Capital Federal, onde Alperovich, a partir de 2015, cumpriu sua função de senador. “Em todos os casos, intimidação, abuso de relação de dependência, poder e autoridade estiveram envolvidos no seu cometimento”, afirma a acusação.

Alperovich depois de ouvir o veredicto
Alperovich depois de ouvir o veredicto

De acordo com a causa, a jovem F.L. Começou a trabalhar no serviço público de Tucumán em 2011 e seis anos depois tornou-se assistente e secretária do agora condenado. O segundo evento ocorreu em Puerto Madero, no dia 27 de dezembro de 2017, no departamento de Alperovich.

A denúncia afirma que em 9 de fevereiro de 2018 o então senador voltou com a sobrinha de um evento de campanha na cidade de San Pedro de Colalao e lá tentou abusar dela. O mesmo aconteceu no dia seguinte quando regressaram de Simoca e no dia 12 do mesmo mês. Os acontecimentos mais graves ocorreram durante o mês de Março de 2018 na casa que Alperovich tinha na cidade de Yerba Buenaquando cometeu diversos atos em quatro dias classificados como abuso sexual com acesso carnal. A jovem pediu demissão em 24 de maio de 2019.

Durante o julgamento, a jovem testemunhou a portas fechadas. Também foram feitas por familiares e amigos, que confirmaram que a mulher lhes contou ter sido vítima de abuso sexual. Da parte da defesa de Alperovich, três testemunhas estiveram prestes a ir para a prisão a pedido do Ministério Público por serem reticentes ou terem cometido falso testemunho. Manuel Frías, que trabalhava como garçom do líder; Víctor Hugo Decataldo, empresário de transportes que também manteve uma relação amorosa com Sara, filha do arguido, e David Cayatta, ex-motorista do ex-presidente provincial.

O ex-governador com seus filhos
O ex-governador com seus filhos

Diante das acusações, Alperovich insistiu em sua inocência. Ele disse que era uma causa “armada” e que tinha um “motivo político e econômico” atrás. “Concordo que a vítima deve ser defendida. E eu te diria isso o agressor deve ser morto, porque você não precisa perdoá-lo. Mas venho pensando nisso há 5 anos. tio abusivo, o violinista. Uma grande mentira. A mídia me despedaçou, sempre com títulos falsos. É muito doloroso. É por isso que hoje vim diante de vocês para contar a minha verdade, para que a dúvida seja tirada. Porque eu não abusei dela”, disse ao magistrado.

Ontem à noite o veredicto foi ouvido. A defesa de Alperovich irá agora recorrer.

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